quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Casual e descompromissado.


Então você me diz,
Vem aqui boneca,
eu me sento na beirada da cama,
e minha mente me acusa,
questionando
- o que estas fazendo aqui?
sem resposta fico calada,
olho silenciosamente pela janela,
sem coragem de um passo a mais,
nem regredir, nem impulsionar,
apenas deliberadamente calada,
E então você se aproxima,
aperta carinhosamente meu rosto,
me olha profundamente ,
E presta atenção.
Você sabe que todas as coisas que você tem,
não preenchem nem a você,
muito menos preencheriam a mim,
Eu preferia, quando sabia pouco,
mas me fazias sentir muito,
era toda aquela simplicidade de mãos dadas,
tão longe do teu estofamento de couro,
desse carro nada popular,
Quando sair correndo na frente do trem,
era simplesmente fantástico,
como aquela vez que eu quis mudar a rádio,
e você tocou meus dedos com os seus.
Porque eu ainda tento ressuscitar essa historia? 
E porque você chama a lazaro depois de tantos dias de sua morte?
Então,
eu escuto sua voz suplicante,
venha, venha aqui boneca,
Minha bolsa está preparada para partir,
e meus lábios estão vermelhos,
de teus tão fortes beijos,
Sacramentado ficas em mim,
Ainda na cama,
ainda sem mover um palmo,
ainda pensando,
ainda ....ainda e ainda um pouco mais..
O silencio traz essas respostas que nos mortificam,
esse medo do fim nos abala,
e não nos libertamos.
Ficamos presos,
estranhamente incompletos,
esquizofrenicamente livres,
Esse tipo de doença emotiva meu amor,
se cura com distância,
Porque o sexo já não nos sacia,
usamos as brigas como aquecedor para o desejo.
E depois essa mesma cama fica fria,
Então eu me rendo,
me deito em teu peito,
e adormeço.
me abraças sempre forte,
me mantendo perto,
acaricias meus cabelos,
Essa nossa amizade,
misturada com tudo isso,
com tudo aquilo,
e mais tantas coisas mais.....
Que já somos os costume um do outro,
que uma semana sem ver,
seria pouco,
mas de um todo,
estaríamos como sempre,
em abstinência de nos dois.

E o meu rolo, nunca diz que me ama,
e eu nunca disse que o amo,
até porque me desconsidero de amor por sentir,
quando mais por receber de ti.

Somos apenas essa modernidade,
tu me usas e é bom,
e eu te uso,
e sei fingir.


Detesto tuas músicas,
a cor dos teus cabelos e ainda,
as música que leva dentro,
mas de um todo,
tens a chave do pecado que me absorve,
tem a chama pra queimar os meus estoques,
e ainda,
conhece
e como conhece,
a maneira de cada arrepio...


Parabéns ao desapego.


Aline

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