domingo, 30 de setembro de 2012

Boca ,vinho e olhos azuis..


Vinho nos lábios,
assim começa o enredo em tuas pernas,
Boca com vinho,
E seus olhos nos meus,
Com o comentário sempre,
E o sol que saiu pela fresta da janela,
Eu poderia usar sempre o pretérito perfeito,
mas eu gosto da tua posição politica e dos teus argumentos públicos,
mas o desejo absorvido pelo abraço de chocolate.....quente.....
se desfez através das coordenadas de ontem.
Vinho, despindo roupas,
vinho beijando pele,
vinho olhando nos olhos,
entre suspiros vinho.....

olhos azuis.....


sábado, 29 de setembro de 2012

São mil os lápises

O livro sou eu,
muitas das vezes o lápis também,
a borracha também,
A capa, o prólogo,
e a dedicação...
Do epilogo pouco sei, já que dele a presença de um outro lápis se necessita,
Personagens compõe , decidem comigo e sem mim,
o rumo da história,
Existem,
alguns desaparecem e outros não resistem....
Reticencias misteriosas,
interrogações dolorosas,
virgulas desesperantes estimulam a perseverança
e aquele ponto final ambíguo,
E nesse livro, escreves tu,
decides tu,
existe tu,
eles, também elas,
Junta-se as histórias,
faz-se nova outra,
Dessas página sem jaz-ser amarelado,
Alguns capítulos uma carta,
outras um monologar em si,
num si mental,
outras um dialogo lembrado,
tatuado em palavreados ,
imagens e sons,
Livro eu, leias tu, interpretam todos
julgam todos e eu também,
redesenho, espero ter tempo,
readequando as frases,
parafraseando as idéias,
Eu sou também os pensamentos teus,
donos de tua noite,
Os dias de teu despertar,
Ser lápis não cria o gênero ,
não conclui o sexo,
não desfaz o alvo,
Ser lápis é responsabilizar,
criar,
recompor e cancelar,
Sou tua página,
e tua ponta,
Sou rabisco, e rascunho,
sou também frases esquecidas,
Sou e és ,
somos em ação e reação,
Readaptando mas sem fugir,
já fugi e me expressei em diários de bordo,
Sou eu mil lapises de mil escritas,
de mil pessoas,
que me acentuaram,
me inventaram,
me apagaram,
me republicam e interpretaram,
sou as rimas e as condensações,
Sou humana, desumana,
Real e ficticia,
Sou mil lapises em mil livros,
e mil páginas de encontro a tantos lapises....
um lápis
ápice,
prazer desfuncional.....

Sou história enredada em tua história,
sou um pouco de todos vocês em mim....

Ali de Mello
by livro

domingo, 23 de setembro de 2012

Dolorir

Eu odeio aquele dia,
com todas essas forças falsas que ainda
me deixam em pé,
Eu detesto as suas mentiras,
o timbre da sua voz que me condenou,
em cada sussurrado eu te amo,
Eu odeio as músicas, e os artistas favoritos,
detesto os sabores,
as cores e os instrumentos,
Detesto,
despertar pensando com quem te substituir,
eles são até engraçados,
ternos e bonitos,
Eles são muitas vezes mais bem sucedidos,
Mas há esse dolorir que me deixaste dentro,
a falta absurda que me faz,
Eu sempre perco meu olhar,
e tento me enganar com outra voz,
com semelhanças,
Diz me por favor,
quantos países serão necessários para te apagar?
quantas manhas necessárias para o desapego?
Porque?
eu odeio as tuas mãos,
teus olhos perfeitos e teu nariz bonito,
Detesto me lembrar da doçura da tua voz,
e do breu que me presenteaste,
Matou minha inspiração,
minha noção e meu gosto pelas cores,
Sem o chão, nem o banco,
sem bicicletas....
A carta perfumada,
as trufas enviadas e o clichê novos dessas rimas,
me banhas no medo que eu me permiti,
Ah eu me dei,
pertenci,
encontrei um lar,
e me encontro em desabrigo,
a novela se acaba,
deixo de fingir por orgulho,
o que em dor sangrando esta .....
você me roubou e como castigo devolveu,
Eu detesto todas as notas e acordes,
Eu detesto você e também os seus cachorros,
..........

Simplesmente eu detesto a ideia de você esquecer o que me atormenta,
que é a tua falta.....

Ali


única

Como era o seu nome?
Desculpe estranho, mas que beijo foi esse??
Irresistível noite única...
E diga-me , quem julgará?
Quem nunca quis?
Quem não mencionou que fosse ao pensamento?
Digno estranho, de mim....
Que teu braço pesado pela manhã,
somente não assusta , porque não estive ébria
Nada de enganos, nem submissões,
apenas lábios e vontades ....
Foi uma noite real,
de verdades,
Adoro alguém sem falsidades,
excita muito mais,
do que os EU TE AMO,
banhados em lágrimas dramáticas e com fim previsto...
Sem culpa....
Linda pele,
muito forte,
rosto quase angelical....
Como era seu nome?
eu me lembro dos suspiros....
Desculpe,
não deixar meu telefone.....


liberdade......lema do dia...basta de homens dramáticos :D

domingo, 16 de setembro de 2012

Apenas....

Cofre de esperanças vazios e mil palavras na mente,
caminhamos por ai sem um rumo e fazemos como por inércia ,
sem um sentido absoluto, nos tornamos o fosco e relativo,
fosco não é uma cor, relativo não é uma resposta,
a resposta sem ser explicativa e quando está banhada de certeza ,
deslumbra um sim ou um não,
Então você desperta,
abre os olhos,
toma seu café e vai trabalhar,
faz pela grana, o capitalismo é obrigatório,
quem dera ser eu imune dele,
Quem dera eu viver a vida loca e sem consciência,
beber mais, ficar sem compromisso e não se apegar,
Mas ao mesmo tempo eu queria ser a melhor filha do mundo, e ser já a esposa de alguém,
a mãe de alguém, a dona de algum cachorrinho, 
Eu queria viajar com uma mochila, tomar banho de cascata,
e morar na praia,
Eu queria ao mesmo tempo, saltar de paraquedas,
tocar piano e adormecer com suas mãos na minha cintura,
Queria ter muitos amigos verdadeiros,
e mais importante ser complacente com a verdade sempre,
Queria.....queria......
Queria acreditar que a energia positiva não é apenas a sujeira embaixo do tapete,
enganar-se a si mesmo, 
Queria que não fosse só por grana,
queria que não fosse somente para me sentir amada,
queria ......queria......
Queria que eles dois não trabalhassem,
queria gostar de chocolate quente,
queria não ter machucado,
queria ter dado o braço a torcer,
queria ter chegado antes do coma profundo,
queria não ter saído aquela tarde,
e ter dito sim quando confessou o amor para mim,
queria ter dançado aquela música e tirado aquela foto,
queria ter subido naquele avião,
e  não ter quebrado o perfume no espelho....
queria ter aprendido toda as notas,
e ficar calada muitas vezes,
queria não ter piscado outras,
quanto orgulho........
que pouco admitir,
que pouco arriscar e que muito covarde....



fácil julgar, aposto que tens até uma receita para melhorar,
mas reflita,
seja sincero contigo,
faça na tua mente teu texto,
não me diga como proceder,
enquanto vc mata os meus gigantes os teus continuam crescendo :D

Apenas...

Domingos

No telhado uma música,
Eu brinco com teus cabelos,
admiro teus olhos fechados e te descrevo em meus textos,
Essa imagem é foto na minha memória,
sem provas ....
Meu coração palpita
em ternura afável 
tem um sorriso amplo nos teu rosto dormente,
engraçado ...
sei que algo semelhante acontece com meus olhos abertos,
Eu gosto de estar bem aqui,
bem aqui te olhando,
bem aqui zelando ,
Garoto,
eu quero mais domingos despertados ao teu lado....

28....

Tua iris perfurou minha pele, 
teus lábios me despiram,
teus dedos desenhando um caminho sem volta,
Eu suspiro com tua respiração....
As palavras eram indecifráveis gramaticalmente,
mas entendidas em intenção,
Me roubas a alma,
me prendes em prazer,
Me amarras na tua boca,
hipnose aceita,
Um intenso show agora,
de tanta imaginação dentro de nós,
de tempos olhando,
querendo,
ensaiando,
as notas perfeitas,
as caricias sincronizadas,
Digitais.....
teorias em pratica
acertamos em quase tudo,
mas erramos em algo,
pensamos em que seria bom,
quando na verdade foi
SURPREENDENTE.......



Ali de Mello

e o enrendo:O QUE  TODAS AS MULHERES DE 28 DEVEM VIVER ...leia as letras em  maiúsculas com atenção..  

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Nice to meet you

Eu tento sair todos os dias, e preciso de vários para te manter bem longe,
Me desafio em cálculos,
Me dizem fria e distante,
E no fim de tudo eu deito após o banho,
finjo que nada existe,
escuto outras vozes,
outros tons,
Pode dizer tantas coisas,
mas o silêncio sempre será a reposta perfeita
da falta de palavras que identifiquem e expliquem
esses espasmos no meu respirar....
Caminho todos os dias, mudando caminhos e passos,
rostos e desabafos,
corridas e suor,
desejos e impermeáveis,
Nem eu mais sei o tom dessas todas letras todas...
com esse exagero de palavras,
repetências de meu caráter absorto em varandas,

sem escrever de amor.....
Por Ali De Mello.

domingo, 2 de setembro de 2012

Reflexão de uma realidade estampada..

Os dedos tremiam e não eram somente os meus,
Me ver outra vez perante a claridade inconfundível de teus olhos,
Eu senti o peso das minhas decisões e as razões de meu caminhar
falsamente seguro, meu olhar firme e minha mente medrosa,
Não posso dizer que o tempo vai apagar, o tempo não apaga,
ele por ai nos deixa acostumar,
Escutar-te, a mesma sonora voz que dizia te amo,
os mesmo olhos que estreitavam em riso ,
dizendo de forma contundente realidades de mim,
como sempre absorto em tuas gentilezas,
Resumiste tuas responsabilidades,
te julgaste bobo pelas expectativas,
E me contaste o penar de me perder,
as noites onde somaste teu orgulho e quando te despediste dele,
Nobremente no profundo que eu não merecia,
Eu fiquei muda,
o filme na mente,
os planos .....
Eu não apenas pedi perdão,
eu senti o arrependimento,
Descobri que preciso deveras partir,
Eu ainda não sei o resultado de hoje,
Mas eu sei do passo,
do caminhar e da intenção......
descobri com a luz acessa se vê melhor no espelho....

Ali.... um domingo frente aos teus olhos azuis

sábado, 1 de setembro de 2012

E no cordão descolorido da calçada eu a vi,
pés sujos, pequenos, machucados,
Nos grandes olhos um pedido gritado em silêncio,
Me ame, eu perdi a direção de senso egoista,
me lembrei dos que se suicidam aos poucos,
por viver sem esperança,
Respirei fundo,
era um choque de espelhos,
Eu não sabia o que dizer,
existem momentos que são rotinários,
e dentro de nós uma desculpa culpável,
um bem grande- não tenho nada a ver com isso ....
O meu silêncio era domado pela incapacidade de me sentir ninguém,
Descobri de maneira tão estupida que,
sentir pena não me faz melhor,
mas ajuda a aliviar minha consciência....
Eu sei que ela tem um nome,
e que eu poderia dizer lindas palavras de esperança,
mas eu sigo dormindo na minha cama,
e ela segue cobrindo-se de jornal,
Pensamos ser tão revolucionários,
enquanto nos banhamos na hipocrisia ,
Eu tirei os trocados da bolsa,
eu comprei coisas para saciar o físico
lhe dei algum tempo do meu tempo Ego
Eu perguntei sem respostas,
Sentindo os sapatos nos meus pés,
e totalmente descalça de verdades profundas...

Aquela menina da calçada.....e eu......

Por ali