quarta-feira, 27 de março de 2013

Silva e santos no mesmo nome.

Que paradoxal essa certeza mentirosa que temos,
Caminhando como se a rua fosse minha,
Expondo sem conflitos minha opinião,
Sei me calar,
Sei esperar,
Sei quem eu sou,
As coisas que eu gosto,
E então, de repente algo que deveria ser tão simples,
Te provoca arrepios,
Garoto eu uso ocúlos para trabalhar,
Escrevo minhas revolucionices( e invento palavras inexistentes)
Fumo esse baseado invisivel,
Escuto ainda tua voz que diz coisas sem sentido,
Sem nem saber porque e de onde vem,
Não sabendo que lado prevalesce,
Se a simplicidade cativante
Ou a masculinidade direta,
Se o lado especulativo e indiscreto,
Ou ainda as coisas que não sei,
Os monstros que não conheço,
O medo que me invade,
A voz que penetra,
Eu posso cair um tombo irreparável,
Posso....
E ai o paradoxal se revela,
Simples e tão intenso em mim,
Porque quando creio que tenho todas as respostas,
Que todos os planos estão encaminhados,
As coisas mudam,
Não sei se correm ou rastejam,
Nem sei se o tempo ajuda ou atrapalha,
Mas eu ainda uso ocúlos,
Deixei os prejuizos,
Abandonei os preconceitos,
E sofro de algo que se chama medo...

E em uma parte pequena,
Desse medo vadio de ser palhaça do teu circo,
Eu sinceramente admito,
Que tua voz tem a elegante maneira de me abraçar,
E tua curiosidade me provoca agonia,
Que perdi horas de sono valiosas demais,
E ainda assim,
Ainda com toda essa história sem ser,
Eu ....
Senti uma falta boba do que não existe.

E não ouse dizer que estou alucinando,
porque terei que constestar que a única droga estranha
que entrou no meu sistema....
Foi vc...

Aquela lá.
Ou seja Eu.

Por Aline.


terça-feira, 26 de março de 2013

Livre?

Liberdade?
Então porque tudo é tão teórico?
Livre?
Então porque as tendências afetam?
Livre?
Todos iguais?
Então porque as preferências?
Livre?
De quem?
Livre dos horários?
Mas o ultimo trem passa as dez...
Livre?
Mas você está disposto a pedir carona até aquele lugar que sempre quis conhecer?
Livre?
Para ir trabalhar de pijama, porque vai render o mesmo
que "vestido" para isso.
Livre?
Então você defenderia um inocente da policia?
Livre mesmo?
Então porque não correu atrás se realmente amava?
Ainda que a resposta fosse não....
Livre?
Para escutar a música que todos acham brega?
Livre para opinar?
Livre para dar uma resposta ainda que esteja errada?
Livre?
Livre mesmo?
Livre para não combinar as cores?
Para não se limitar a ditadores????
Livre para ficar em silêncio ainda sobre pressão,
de que digam "cagão"
Livre para ser quem vc acha que deve ser,
fazer as coisas que quer,
Livre??????????????
Livre para dançar na rua,
Para falar sozinho enquanto caminha,
Para fazer perguntas obvias???
Livre para usar a camiseta do time que perdeu?
Para cantas desafinado ??
Livre para perder a reputação???
Vc é livre?
Quem vc é?
Vc sabe admitir que tem medo?
ciúme?
saudades?
Que está vulnerável?
Que certas coisas te deixam sensiveis?
Livre para não amar o mais bonito, mas o que te preenche mais?
Livre mesmo????
Livre para ter opinião e caminhar segundo ela???
Livre ?????
Hipocritamente livre????
Ou livre????
Livre para dizer não?
Livre para dizer sim?
E para dizer talvez?
Então vc é livre?

Se apenas admitir em silêncio sua hipocrisia...contigo mesmo....
Começa um diferencial...
vc para ser livre é altamente responsável de todas as consequências que exige tal.
Ser prissioneiro é mais fácil,
Menos dolorido....
Mas ser livre, te dá sentido de fidelidade contigo mesmo.

Avalie....
Eu descobri que....
99 não é 100...
Mas que todos caminhamos para chegar em algum lugar.

Juro que não fumei nada,
Não estou de tpm e nem irritada.
Eu apenas gosto de admitir escrevendo.

Ali Mello

Subir na mesa...

Estava  sentado com os cotovelos  sobre  os joelhos,
Cabeça baixa, mãos no rosto,
Cabelo revolto,
Pensando no mesmo que eu,
Sentada a tua frente,
Mentindo para ti,
E destilando veneno sobre mim,
Era apenas por nós,
Como eu poderia ser de outro?
Como eu poderia se em ti me encontrei?
As malas estavam no chão,
Com meia dúzia da melhor roupa,
Eu parecia fria, mas porque te ver sofrer,
Matou a mim,
Eu não joguei fora todos esses anos,
Eu apenas te amei tanto,
Que não quis ser refém dessa doença junto contigo,
Esses dias que se tornam poucos e contados a dedos,
Sabendo que morro com teu ódio,
Entendendo que sem isso ainda me amaria,
Esse amor renunciante me tomou quando vi teus olhos,
Sem nenhuma palavra,
Sem nenhum porque,
Reconheci que havia me perdido,
E que estava já encontrada,
Em ti..

Subi na mesa e olhei sobre as diferentes perspectivas,
Eu preciso de você bem,
Preciso de você feliz,

A renuncia por trás da traição.

By Ali Zoe.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Menos que isso...

Descobri que se perdem os olhares,
Sem abastecimento de retinas,
Descobri que caminhar é uma atitude
e não apenas um par de pés,
Estar contra algo, não te faz cabeça dura,
Apenas demonstra tua capacidade de pensar
e não se vender,
Acreditar em um amor puro,
não é uma utopia ridícula,
Mas sim a razão que te deixa coerente,
Não negociar com seus valores,
ainda que os mesmos sejam de um todo,
o titubear da sociedade,
Que você seja o coordenador dos teus atos
e o responsável de tuas consequências,
Se um toque for mais importante que um sentimento,
Espero que nunca vegetes,
Espero que tuas mãos não se percam,
O que é o amor?
O amor é não ser refém e tornar-se fiel na distancia ,
Não posso jamais afirmar que da fidelidade eu seja vivenciadora,
Eu sei apenas, que o amor apenas nasce,
Nem a morte separa,
e a  profundidade do mar não afoga,
O amor é quando estar longe te desafia,
Quando em outros olhares não te perde,
Onde outra retina jamais te encontra,
E se de tal sou apenas telespectadora,
Afirmo com razão crescente,
Eu espero na fidelidade de quem reconhece meu valor.

Menos que isso....
Eu não quero...
Esquecer quem não merece é fácil,
Ser esquecido por quem vc não mereceu é traumatico.

Ali.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Quão velha é tua alma?

Deixei de lado as coisas que estava fazendo,
Caneta, papel e os pensamentos da lista que fazia,
Escrevia apenas como desculpa,
tentando em vão focar minha atenção em outro alvo,
Dificil , quando dentro de ti, está um tão agravante pedido de
Faça algo , por favor,
Eu tenho lembraças que não deveria ter,
E imagino cenas que pareceram ser reais,
Eu guardo lascas de tudo que vivi,
Lembro de rostos, palavras e cheiros,
De milenios atrás.
Sei bem como prender a atenção,
Sei falar de um todo em quase profunda devoção,
Tenho uma alma infiel,
Adoro esse blues lunático que absorve minha alma
e medica meu ser,
Expresso tanta estupidez em meus pálidos dias,
E minhas noites iluminadas em pensamento,
Divago, conservo,
Fujo em planos secretos,
Alma, essa alma minha,
Penso mil coisas,
Vivo duas mil,
Aproveito as oportunidades,
E me desfragmento em toxicos que aliviam minha tensão,
Quão velha é a alma?
Quando a alma não cabe em si?
Quando ler, escrever e atuar, se torna pouco,
Eu tenho deixado o amor confabulado para trás.
Descobri que não temo a solidão,
Mas descobri tantas coisas que nem sei se as descobertas tem ainda a mesma
proporção e valor,
Oh, eu queria um pouco de neve sobre os sentidos ficarem exatos,
Um pouco de fogo para ser um pouco mais ardente,
E estar suspensa ,
Vencer barreiras de luz e som,
Eu queria , apenas dentro de tudo,
Saber a idade exata dessa minha alma,
Quão velha será,
.....

Oh God,
Simplesmente violins.

Ali- esperando um vinho doce.

terça-feira, 19 de março de 2013

Tudo passa.

É apenas mais um dia depois do outro, um dia mais para seguir o mesmo de ontem,
Eu queria parar de fugir, mas já se tornou um halibi perfeito e aceitável,
Tem momentos que realmente transparece uma vontade ardente de mudar,
De se mudar,
De fugir como sempre,
Então nessa questão de eterna fuga,
Queria mentir me ao ponto de creer me
Doce engano, amargo em deliberar,
De repente a felicidade te dá um tapa na cara,
E lamenta sua falta de sorte ,
Sua falta de coragem,
Sua falta de falta de falta,
nesse mesmo nivel repetitivo ,
redundante,
um olhar de respeito,
Um segundo olhar,
que dirás do terceiro?
Do quarto?
voltar a crer, voltar a insistir,
lutar pelo insuficiente,
Interceder por fé.
Por entender,
Tudo é condenável
ainda a suas santices inexistentes,
Dessa loucura infeliz,
Eu crio ainda para pés,
Uma mentira afavel de desafeto embriagado .
Doce espelho,
Doce voz,
Doce abraço,
Doce desistência.
Ser feliz.
Não basta....
O segredo é olhar para frente , ser pleno e saber o momento exato de partir.

Pq eu também não entendo.

Aline, quero escrever uma carta com lápis em papel de seda, hoje.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Não vou esperar você para sempre,


Essas palavras brindaram meu coração,
E não foi raiva, nem ironia a direção de tal,
Foi apenas uma realidade gritante,
Ele merece ser feliz,
Reconheço que já não vivo a tenra idade,
Que se me aproximam os anos sensatos demais,
Eu dei algumas voltas, por alguns mundos e provei tanto,
Vi tanto, hoje em dia caminho em um período tão diferente,
Tão meu tão só, sem ser solitária,
Eu não necessito um beijo na boca,
Apesar de reconhecer o bom que isso provoca,
Completar-me hoje em dia não é o resultado de uma noite de prazer,
Creio que tal apenas serve de liberar uma tensão normal de necessidade humana,
Mas não provoca nenhum milagre e não me enche de soluções,
Quando você me disse que não poderia esperar para sempre,
Eu me dei conta do mal que estava causando ao teu caminho,
Eu sei que me sentirei triste demais, até desacostumar, se tu encontrar em alguém.
Aquilo que por agora não pude dar, eu deixo teu caminho livre,
Aceitando que o mesmo destino maneje esse sonho,
Eu não posso fazer muito, creio que pouco e nada,
Se teu pra sempre depende de mim, lamente ter feito você esperar.

Eu apenas te deixo 1 corintios 13....menos que isso eu não quero.
Ali

sábado, 16 de março de 2013

viagem boba.

Deus não preenche vazios, 
Ele cria almas gêmeas que completam,
Ele desenha e sonha com você
E estrategicamente  faz isso com outra pessoa,
Liga esses caminhos,
Então,
Raciocinando,
Eu ando entendendo de paradas divinas,
Penso que,
Acho que nossos caminhos estão cruzados a tempo,
E apenas isso explica o motivo de seguirmos
um na vida do outro.

Apenas pensando sobre esse dia de chuva.
Sobre nossa cama.

Ali

sábado, 9 de março de 2013

Quando me apaixono

Quando me apaixono,
Eu confesso ser estranha, mas de certa forma todos nos auto julgamos assim,
Estranhos na forma de amar,
Eu me apaixonei algumas e marcantes vezes,
Não citarei nomes,
Mas sim características,
Meu primeiro amor, não, não foi o do meu primeiro  beijo,
O primeiro beijo  foi com um melhor amigo de escola,
Olhos azuis e as coisas mais engraçadas, sentávamos juntos, fazíamos trabalho
Em dupla, ele era bonito, mesma idade, tínhamos uma afinidade alegre,
Era delicioso estar junto, um dia uma dessas brincadeirinhas de verdade ou consequência,
Nos levou ao beijo, meu primeiro  beijo, não falo de selinho, falo de beijo,  ele colocou minha meu cabelo atrás da orelha, sorriu e disse..
-tudo bem nada vai mudar..
- promete?- olhei pra ele
- sim garota...
E assim foi, a nossa amizade não mudou, ficamos ainda mais amigos..
Estudamos juntos da quinta até a oitava série.
Depois aquela idade de rolinhos e beijinhos, mas nada sério ou profundo.
Não até ele...o primeiro grande amor,
Músico, olhos verdes, mais velho,
Eu no fim dos quinze. Ele em seus 23,
Libriano convicto, inteiro, roxo,
Blues na alma,
Em um carmanguia vermelho,
Notas de violão, solos de guitarra
Aprender a olhar nos olhos, aprender sobre quem sou,
Me descobrir poeta de coração,
Desistir de tantas coisas,
Tanto tempo, até ele ter outra,
Um aperto no peito, e o fim de tudo,
Então fugi, fugi para uma escola doida,
Chamada vida, em outro lugar, outro pais,
Outras fronteiras e um gosto de liberdade viciante,
Novo gosto, nova gente, novo estilo,
Amigos, irmãos, outros ritmos, outras danças e até atuação,
Risadas diversificadas, universos  enxertados em mim,
Me descobri mulher, firmei minha identidade,
Aprendi  sobre política e opinião,
Y me encontre em tus  ojos ( verdes) tan bellos
una nueva história de amor,
Foi dramático, intenso, escondido ..
E depois fatídico, de fim rápido,
Depois de sete anos voltei,
Bom dia Brasil, voltei para os meus inimigos,
Dia a dia, família,
E então boooommmm, depois de jurar  deixar meu coração
Longe de amores,
Lá veio ele, me falou de fotos, de vagalumes,
Era maduro ainda que sem fé,
Inteligente, humilde e bem sucedido,
Profundo, seria um perfeito marido,
Correr cinco quilômetros,
Rir de quase tudo, e quase até pensar em ter uma Kombi com flores e uma cachorra vira lata,
E o fim...
Logo depois um lance , um lance da serra e um sotaque arrastado,
Com  Te e De por todos os lados,
Foi até mesmo safado.....foi muito safado,
E então ....Os olhos cor de mel mais penetrantes ,
Uma camiseta de banda velha,
Dedos largo de um blues almático.
Eu amei a primeira vez, amei com tudo,
Meu nome ficava lindo na voz,
Os olhos , o jeito de sorrir,
Era meu primeiro amor, melhorado em mil maneiras,
Em diversas dimensões,
Em outras vidas,
E intenso de tal forma,
A me manter longe de tudo,
Até mesmo de mim mesma,
E decidi por um fim
Uma quinta feira agonizante,
Eu parti da vida dele,
E então já Ele,
Olhos azuis vieram com vinho,
Aprendemos coisas á diário,
É o mais estranho sentimentos,
Em todos esses anos nessa indústria vital,
De Bob esponja a andar em bicicleta
E fascínio por bichos nas paredes, chão e até mesmo nas mãos,
Dias de distancia, inconsistência e irrelevância.
Ele agora monta quebra-cabeças,
Ele agora esta longe,
Mas mesmo assim estamos juntos,
Terminamos vinte vezes e voltamos vinte e uma,
Ele não é músico, nem poeta, nem artista,
Ele é político, meio serio, meio menino e meio bobo,
Assim tão bestamente confesso ,
Assim me apaixono,
Não sempre pelo mais bonito,
Mas geralmente pelo mais talentoso e profundo,
E aprendo deles,
Ensinando de mim,
Não me arrependo de nenhum,
Pois sou uma soma de tempo,
Onde cada um me ensinou o necessário,
Ainda que o necessário fosse desistir para seguir sendo quem sou.

Como uma boba juvenil
Ali

Quando me apaixono

Quando me apaixono,
Eu confesso ser estranha, mas de certa forma todos nos auto julgamos assim,
Estranhos na forma de amar,
Eu me apaixonei algumas e marcantes vezes,
Não citarei nomes,
Mas sim características,
Meu primeiro amor, não, não foi o do meu primeiro  beijo,
O primeiro beijo  foi com um melhor amigo de escola,
Olhos azuis e as coisas mais engraçadas, sentávamos juntos, fazíamos trabalho
Em dupla, ele era bonito, mesma idade, tínhamos uma afinidade alegre,
Era delicioso estar junto, um dia uma dessas brincadeirinhas de verdade ou consequência,
Nos levou ao beijo, meu primeiro  beijo, não falo de selinho, falo de beijo,  ele colocou minha meu cabelo atrás da orelha, sorriu e disse..
-tudo bem nada vai mudar..
- promete?- olhei pra ele
- sim garota...
E assim foi, a nossa amizade não mudou, ficamos ainda mais amigos..
Estudamos juntos da quinta até a oitava série.
Depois aquela idade de rolinhos e beijinhos, mas nada sério ou profundo.
Não até ele...o primeiro grande amor,
Músico, olhos verdes, mais velho,
Eu no fim dos quinze. Ele em seus 23,
Libriano convicto, inteiro, roxo,
Blues na alma,
Em um carmanguia vermelho,
Notas de violão, solos de guitarra
Aprender a olhar nos olhos, aprender sobre quem sou,
Me descobrir poeta de coração,
Desistir de tantas coisas,
Tanto tempo, até ele ter outra,
Um aperto no peito, e o fim de tudo,
Então fugi, fugi para uma escola doida,
Chamada vida, em outro lugar, outro pais,
Outras fronteiras e um gosto de liberdade viciante,
Novo gosto, nova gente, novo estilo,
Amigos, irmãos, outros ritmos, outras danças e até atuação,
Risadas diversificadas, universos  enxertados em mim,
Me descobri mulher, firmei minha identidade,
Aprendi  sobre política e opinião,
Y me encontre em tus  ojos ( verdes) tan bellos
una nueva história de amor,
Foi dramático, intenso, escondido ..
E depois fatídico, de fim rápido,
Depois de sete anos voltei,
Bom dia Brasil, voltei para os meus inimigos,
Dia a dia, família,
E então boooommmm, depois de jurar  deixar meu coração
Longe de amores,
Lá veio ele, me falou de fotos, de vagalumes,
Era maduro ainda que sem fé,
Inteligente, humilde e bem sucedido,
Profundo, seria um perfeito marido,
Correr cinco quilômetros,
Rir de quase tudo, e quase até pensar em ter uma Kombi com flores e uma cachorra vira lata,
E o fim...
Logo depois um lance , um lance da serra e um sotaque arrastado,
Com  Te e De por todos os lados,
Foi até mesmo safado.....foi muito safado,
E então ....Os olhos cor de mel mais penetrantes ,
Uma camiseta de banda velha,
Dedos largo de um blues almático.
Eu amei a primeira vez, amei com tudo,
Meu nome ficava lindo na voz,
Os olhos , o jeito de sorrir,
Era meu primeiro amor, melhorado em mil maneiras,
Em diversas dimensões,
Em outras vidas,
E intenso de tal forma,
A me manter longe de tudo,
Até mesmo de mim mesma,
E decidi por um fim
Uma quinta feira agonizante,
Eu parti da vida dele,
E então já Ele,
Olhos azuis vieram com vinho,
Aprendemos coisas á diário,
É o mais estranho sentimentos,
Em todos esses anos nessa indústria vital,
De Bob esponja a andar em bicicleta
E fascínio por bichos nas paredes, chão e até mesmo nas mãos,
Dias de distancia, inconsistência e irrelevância.
Ele agora monta quebra-cabeças,
Ele agora esta longe,
Mas mesmo assim estamos juntos,
Terminamos vinte vezes e voltamos vinte e uma,
Ele não é músico, nem poeta, nem artista,
Ele é político, meio serio, meio menino e meio bobo,
Assim tão bestamente confesso ,
Assim me apaixono,
Não sempre pelo mais bonito,
Mas geralmente pelo mais talentoso e profundo,
E aprendo deles,
Ensinando de mim,
Não me arrependo de nenhum,
Pois sou uma soma de tempo,
Onde cada um me ensinou o necessário,
Ainda que o necessário fosse desistir para seguir sendo quem sou.

Como uma boba juvenil
Ali

quarta-feira, 6 de março de 2013

Vai chover?

Um tempo mais para os afetos,
Para os abraços fortes,
Para beijos roubados,
Doce ou salgados,
Um tempinho apenas,
Para reconsiderar erros,
Falar sobre perdão,
E entender antes que tarde o sincero valor das coisas,
Um dia a mais,
Um dia mais de olhar nos olhos,
de tocar a pele,
De encostar o ouvido,
De escutas os batimentos,
As vezes esperamos um amanhã inconcreto,
Minusculo, e nos perdemos em desafetos,
A esse por do sol de hoje que não volta,
Esse minuto de hoje que se foi,
Eu detesto essa melancolia,
Mas respeita-la e expressar-la me faz fiel
a mim mesma.
O desespero sempre vai cheirar a morte,
E a saudade sempre transpirará amor,
Hoje eu deixei de dizer coisinhas que parecem pequenas,
Mas de um todo tão relevantes,
As vezes eu esqueço de fatos importantes,
Me ocupando de futilidades bestas,
Esse meu ego malandro,
Esse meu instinto enganado por mim,
Esses meus muros,
Há, esse tempo que corre,
Quando eu caminho, ou me desvio,
Pesar de sacrilégio,
Emancipar meus pensamentos e deixar a inconsistência do eu,
Ahh esse costume negociável de me acostumar,
De amar pela metade,
Um tempo mais.
Para sair descabelada e com roupa confortavel,
Sem o "pretender" que tanto assola.

Eu não sou senhor do tempo,
e também não sei se vai chover,
Esse grito desconsolado de desistir da vida,
tem assolado mais pessoas do que se imagina,
mas dentre todos, somos bons artistas,
tanto em fingir, como em  não nos" comprometer",
Sair da nossa zona de risco e importar-se,
Afinal qual o lucro ?
Quanto ganhamos em "perder"
Eu sei de todas as aspas desse texto,
sei que são sarcásticas,
Mas o são por impotência minha,
Eis aqui uma amarga prova ,
de que acostumar-se cansa,
Que cansar, entrega,
que entregar te faz escravo,
e responsável de todo o outro.

Aline-chateada demais.