sábado, 1 de setembro de 2012

E no cordão descolorido da calçada eu a vi,
pés sujos, pequenos, machucados,
Nos grandes olhos um pedido gritado em silêncio,
Me ame, eu perdi a direção de senso egoista,
me lembrei dos que se suicidam aos poucos,
por viver sem esperança,
Respirei fundo,
era um choque de espelhos,
Eu não sabia o que dizer,
existem momentos que são rotinários,
e dentro de nós uma desculpa culpável,
um bem grande- não tenho nada a ver com isso ....
O meu silêncio era domado pela incapacidade de me sentir ninguém,
Descobri de maneira tão estupida que,
sentir pena não me faz melhor,
mas ajuda a aliviar minha consciência....
Eu sei que ela tem um nome,
e que eu poderia dizer lindas palavras de esperança,
mas eu sigo dormindo na minha cama,
e ela segue cobrindo-se de jornal,
Pensamos ser tão revolucionários,
enquanto nos banhamos na hipocrisia ,
Eu tirei os trocados da bolsa,
eu comprei coisas para saciar o físico
lhe dei algum tempo do meu tempo Ego
Eu perguntei sem respostas,
Sentindo os sapatos nos meus pés,
e totalmente descalça de verdades profundas...

Aquela menina da calçada.....e eu......

Por ali

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