domingo, 12 de agosto de 2012

Roupas novas inside

Eu confesso que olhei minhas veias e pensei duas ou três vezes
sobre uma forma menos dolorosa de expressar,
Eu confesso que o medo não desmonta a coragem,
Pegar a estrada, mudar de ares, de mares e paredes,
Mas eu tenho o quadro de bicicletas que te pertence meu amor,

sou responsavel por aquilo que expresso
sabias que sou orgulhosa?
tenho esse como meu maior defeito
translutanto com ele
diariamente
apago pessoas

de todos os meus cruéis defeitos
esse com certeza se chama sepultura
sim
otima junção de palavras em sentido trivial
mas disso o sei
e o conheço
o tal orgulho dorme na minha cama
mas a arma fugaz de lutar contra o mesmo
me despedaça não em particulas de medo
naoooooo
mas sim em particulas de uma certeza
o orgulho fere
a quem tu quer ferir
é a tal ausência
que vc provoca porque quer
o orgulho no meu caso é reativo
eu nao machucaria o seu
se nao ferisse o meu em primeiro
nao
nao de defesa
te enganas
nao é de defesa
porque de um todo ser ferido
é ter sofrido o ataque
naoo
no meu caso
se chama penitencia
como uma forma de punir 
quem me maltratou
é uma vingança 
que vem atravez da indiferença
eu me torno indiferente
convictamente
Eu confesso que quero ir embora,
e do meu orgulho hoje venci dando o presente de pais,
conforme teu conselho, o conselho de quem eu amo,
Eu preciso mudar de bares,
ter outros vizinhos,
Mudar de roupa inside...


Aline De Mello

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