Quase Lá...

Foram vários os caminhos até aqui,
Muitos os dias, muitos os momentos multiplicados,
e também divididos.
Quem diria que ainda estaria por aqui, encontro vitória em todas as provas,
Ainda que para muitos eu me encontre, totalmente caida.
Aprendi que cantar é deixar o peito leve,
Que chorar me fez repensar situações,
Que nenhuma dor te mata ,
E que de um todo sempre um se fortalece,
Que não todas as noites de inverno são frias,
e que nem sempre o inferno é quente,
Entendi que as decepções me ensinaram a perseverança,
E a adrenalina a confiar,
Aqueles que  comigo falharam , não são um todos descartáveis,
Eles me treinaram para a batalha,
Cada ano, ganhando dias, perdendo gente,
Aprendi em cada adeus que o amor tem dessas coisas,
e que amadurecer nem sempre é colorido .
Aceitei que não todos me aceitam,
E que isso precisa me importar de alguma forma,
Confessei meus orgullhos, e lutei contra eles,
nem sempre vencendo-os mas tentando ao menos faze-los ficar enfraquecidos.
É meio louco, pensar em todo esse tempo, o medo desse mesmo tempo,
Esse tempo que chega não somente significam que meus dias estão andando,
mas que suportei, encontrei motivos.
Passe sim por momentos desesperantes, sem uma saída, momentos de cegueira,
sem entender os ques....
Esse caminho, o caminho do quase lá que nunca chega,
Chego a essa data tão cheia de misticismos, ansiosa pela nova etapa,
Essa que começa cada dia, que se desperta enquanto durmo,
dentro de meus olhos, que inundam minhas veias.
Amor, desamor, fé e falta dela,
Andar, dançar e rir sozinha,
Ver as flores na névoa branca,
Ver as ondas no mar sereno,
Encontrar-me....
Descobrir-me incapaz de ter todas as respostas, e buscar habilidade para seguir perguntando.
Sim quase lá, sem filhos, sem o casamento, sem palestina, sem o livro,
Mas quase lá,
viva,
abençoada,
Plena...
Vivendo o certo, no lugar certo.
Quase lá de mãos dadas, quase lá com palhaçadas,
mas quase lá....
Nem metade, nem meio.....
Sem fim.....
Mas sim!!!
Quase lá.


A garota de quase 29.

Ali