Então, sem me dar, te tornas dono, sem me ter,
enciclopédia de loucuras paradoxais,
Porque dentre tudo e em todos esses anos , nessa indústria vital...
Eu posso apenas escutar a respiração,
os pedidos absurdos e os presentes já normais,
Eu quero te fazer entender,
que o tempo é dono,
Que ainda que ele se adone, me dei para você,
Ao menos hoje,
diminui a agonia, destes dias sem ti,
Droga de sentimento,
Que faz de todos um pouco desinteressantes,
Sem me arrebatar para essa paixão que tu cativa,
Esse calor que tu controla,
Esse vazio de tua distância,
A dor das tuas perguntas,
Eu sei, sei que pode ser que tudo dê errado,
Sei que entre os mil e as centenas de tentações de cada dia,
Existe ainda em nós um sentir de pertencer instigante,
Que desafia teu raciocínio,
Que manifesta meu já inexistente desapego,
Quem sofreu dele, reconhece a mudança,
E me questiona sobre o causador de tal proeza,
Tem coisas tão nossas,
Que eu prefiro muitas vezes deixar de lado,
Estou já sem quase questionar,
Por tamanhas provas que passamos,
E em todas elas, na falta, nossa mente clama pelo outro,
Pensa em mim , eu em ti.....
Terminamos mil vezes,
Queremos tanto, todo o tempo,
Parece que é mesmo uma loucura,
Parece que um outro não nos cura,
Os blues, já estão fora de moda,
Me parece brega,
Mas esse cara , parece que esse cara clichê é mesmo você....
É a primeira vez que isso me acontece?????
Ali
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