terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Quanto a tudo...

Quanto a tudo em desordem ordenado,
Passos tão lentos de caminhadas tão rápidas,
Os porques egocêntricos geralmente adoecem,
Quanto a tudo, dentro um todo,
Esse caminhar de repente cansa,
Seduz a tristeza,
Desalenta o caminho,
Essas palavras tão torpes,
Entram como espinhos de ótica cega,
O silêncio me disse que existem coisas que
se gritam com o olhar,
E gritos que não se escutam a mil decibéis,
Quanto a tudo,
Uma perda constante de explicações tão pobres
E do mesmo tão convincentes,
Não comoventes, emocionalmente insanas.
Quanto a tudo, uma resposta pronta que não se acaba,
Imperfeita em infinidade
Finita por vaidade incoerente,
Que inalcansa com braços compridos,
Andando sem sair do lugar,
Pés ergométricos,
Sons sem volume,
Vibração sem ação,
Inércia bandida,
Loucura de certezas,
Quanto a tudo,
dentro de todo,
Como se nada está,
A dor profunda de caminhar sem se mexer,
Memórias..
Sem lembrança,
Atos fisicos sem vestígios,
Investigação de um total sem soma,
Sem nada,
quanto a tudo,
Apenas desculpa,
Quanto ao nada apenas ativismo,
Apenas zelos
Sem importância.

Aline Mello
Realmente há um porque que não se explica,
uma pergunta que não se responde,
Uma realidade que não se faz,
Um fatalismo que se encobre,
Se diz coincidência,
Se conhece por ignorancia,
Permanece por estaca,
Avança por vontade.

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