Dia de uma paz ideal?
Será uma noite suficiente para me completar?
Eu me confesso perdida em mim mesma,
Apesar de me encontrar em tudo que faço,
São nada mais que resquícios de sonhos,
Que um dia deixei pra trás,
Junto com todas aquelas melodias mágicas,
Sabe esses sonhos guardados?
Que mais parecem mumificados dentro de teu sarcófago mental?
Assim me encontro eu, em mim,
Longe de minha memória abusiva de mim,
Sou meu próprio inimigo,
Eu, meu perseguidor interno,
Dizem que o que quero é algo do tipo inalcançável,
Inexistente,
Pois se assim for, coexistirei,
Não, não quero conselhos, nem exemplos,
Porque minha natureza é única,
E minha situação inédita,
Sou eu meu público,
Cenário...
Sou eu noites mal dormida,
Amores mal vividos,
E histórias que deixam saudades,
Mas que não serão parte do presente,
As deixei intocáveis, indestrutíveis,
Dia de uma paz, quase ideal?
Ando em mil vidas,
Em algumas sou maldade,
Em outra salvação,
Sou veneno para quem precisa,
E remédio para quem se engana,
Sou uma noite de plenitude de vez em quando,
Sou uma música,
E um texto sem explicação,
Sou questão,
Sem resposta certa,
Sou um momento,
Uma introspecção,
Sou sua irritação e sua calma,
Minha prisão e sua mala,
Sou quase ideal,
Quase paz,
Mas nunca completa.
E de todas as histórias e com todas as fantasias,
Remeto-nos a esse conto dinâmico e malicioso,
Puro e libertino,
Puro e insano.
De nós...
Ou apenas uma real divisão de dois,
E para simplificar e invalidar a sofreguidão,
Somos apenas dois caminhos,
Eu e você.
Simplesmente complicado de mais.
Porque somos duo de um,
marcha de dois,
um pouco lado a lado,
muito tempo separado,
mas constantemente um duo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário